Correção: cinco pessoas concentram patrimônio equivalente ao da metade mais pobre da população brasileira, e não 50% do patrimônio dos mais pobres, como divulgado no título desta notícia entre 10h34min e 19h38min. O texto estava correto. O título foi corrigido.
Mesmo com a economia ainda patinando, o Brasil ganhou no ano passado 12 novos bilionários, segundo pesquisa realizada pela Oxfam, organização internacional não governamental de combate à pobreza e à desigualdade. Com isso, são hoje 43 bilionários no país. No mundo, atualmente, há 2,043 mil bilionários, sendo que nove entre 10 são homens.
A pesquisa mostra ainda que o patrimônio somado dos bilionários brasileiros chegou a R$ 549 bilhões no ano passado, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. O levantamento diz que o Brasil tem hoje cinco bilionários com patrimônio equivalente ao da metade mais pobre da população brasileira.
O relatório foi lançado nesta segunda-feira (22), antes do início da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Do Brasil, participarão, além do presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles; Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco; Candido Botelho Bracher, presidente do Itaú Unibanco; e Paul Bulcke, presidente da Nestlé.
O Portal G1 divulgou uma lista com os cinco nomes mais ricos do país. O primeiro nome é do empresário Jorge Paulo Lemann, sócio da 3G Capital, que possui participações nas empresas AB InBev (bebidas), Burger King (fast-food) e Kraft Heinz (alimentos).
Outros dois nomes que compõem a lista também são sócios da 3G Capital. Confira a lista completa:
1. Jorge Paulo Lemann, 77 anos (3G Capital)
2. Joseph Safra, 78 anos (Banco Safra)
3. Marcel Herrmann Telles, 67 anos (3G Capital)
4. Carlos Alberto Sicupira, 69 anos (3G Capital)
5. Eduardo Saverin, 35 anos (Facebook)
O levantamento foi realizado com dados dos empresários divulgados pela revista Forbes e com relatórios sobre riqueza em escala global do banco Credit Suisse.
O levantamento mostra ainda que, de toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% ficou com 1% da população. O trabalho diz que tratar apenas da geração de novas empresas, mantendo as atuais condições precárias de trabalho, é "uma forma ineficiente de se eliminar a pobreza".
A Oxfam recomenda que, para melhorar essa situação, seria necessário limitar os retornos a acionistas e altos executivos de empresas, acabar com as diferenças salariais por gênero, garantir que os ricos paguem uma cota justa de impostos e tributos e aumento dos gastos com serviços públicos, como de saúde e educação.