O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou nesta quinta-feira, 21, a informação de que as agências de classificação de risco já tenham comunicado ao governo sobre um possível rebaixamento da nota do Brasil, em razão da frustração com a votação da reforma da Previdência em 2017. Meirelles confirmou que conversou com as agências S&P, Fitch e Moody's, mas explicou que a movimentação de rating não foi discutida.
"Não procede informação de que haveria antecipação de qualquer movimento de rating. Expliquei às agências a dinâmica da votação da reforma da Previdência ter sido marcada para fevereiro. Existe um trabalho que vem sendo feito por partidos também na reforma. Decidiu-se evoluir com tempo até fevereiro, que ainda é o momento adequado para votar. A movimentação de rating não foi discutida com agências", afirmou.
Meirelles afirmou também que é "natural" que haja uma atualização das agências, após o adiamento da Previdência para fevereiro. "Tenho boa relação com as agências de rating. Nós fazemos o nosso trabalho, a agência faz o deles", defendeu antes de explicar sua proximidade com a S&P, Fitch e Moody's. "Fui uma das primeiras pessoas a saber do upgrade da S&P em 2009."