Recém-eleito presidente do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta quarta-feira (13), que a decisão do partido de fechar questão sobre a reforma da Previdência independe do texto que deverá ser levado à votação na Câmara. Embora tenha dito que não houve definição sobre eventuais punições a parlamentares que descumprirem a orientação partidária, Alckmin não descartou retaliações futuras.
— Isso (punição) não foi discutido nessa reunião. O partido toma uma decisão que, não sei se inédita, mas não usual, de fechamento de questão, deixando claríssima nossa posição favorável. Vamos fazer o convencimento para ter o maior número de votos. Esse não é o momento de discutirmos punição. Não está excluída punição, mas a nossa primeira tarefa é convencimento e está indo bem — disse Alckmin.
A decisão pelo fechamento de questão foi tomada durante reunião da nova executiva tucana, eleita no dia 9, com a participação de ao menos 16 deputados do partido, incluindo o líder da bancada, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).
— Tomamos uma decisão praticamente unânime. Não teve nenhuma decisão contrária ao fechamento de questão em relação à reforma da Previdência. Nossa posição é clara — afirmou o governador.
Antes de a reunião acabar, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que, mesmo com o fechamento da questão, foi autorizado por Alckmin a discutir com o relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), mudanças no texto. A bancada tucana defende uma regra especial de transição para servidores que entraram na administração pública até 2003.
Questionado sobre a condição, Alckmin disse não se tratar da posição do partido.
— A nossa posição na Executiva foi aprovar o fechamento de questão sem nenhuma exigência. Cada parlamentar exerce seu mandato, mas não há nenhuma exigência do partido — afirmou Alckmin.