O combate à sonegação de impostos pela Receita Estadual superou a marca de R$ 2 bilhões em créditos tributários de janeiro a outubro deste ano. Os dados do IGP-DI mostram que o resultado superou em 31,7% o que foi arrecadado no mesmo período de 2016 e, ainda, os valores de todo o ano passado. Se comparado a 2014, a recuperação de impostos sonegados chegou a 65%.
A Secretaria Estadual da Fazenda atribui o novo recorde a recursos utilizados para fiscalização da Receita, como a plataforma digital Big Data, que cruza dados de empresas para identificar indícios de evasão fiscal e que foi incorporada no final de 2015 com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. Outros programas, como a operação Concorrência Leal também são atribuídos para o resultado positivo. A ação se estendeu a mais de 20 cidades gaúchas com o intuito de recuperar R$ 120 milhões em ICMS sonegado. A chegada de novos auditores-fiscais e técnicos tributários no final do ano passado também é um fator, ainda que a Receita enfrente índices de ocupação abaixo de 50% do ideal, devido a aposentadorias.
Em relação à cobrança de devedores, houve uma variação negativa de 23,3% em relação ao ano passado, que teve recorde histórico de R$ 1,9 bilhões. Em 2017, o Estado recebeu R$ 1,49 bilhões em créditos, o que ainda é a segunda melhor cobrança dos últimos quatro anos. O Refaz, programa de refinanciamento de débitos da Fazenda, teve influência nos valores deste ano, porque permitiu a renegociação de dívidas tributárias e ampliou o prazo para pagamento em até 120 meses. Em razão disso, o valor das parcelas reduziu.