Os resultados da quarta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual – Rio Grande do Sul (iRS) foram apresentados na manhã desta terça-feira, na sede do Grupo RBS, em Porto Alegre. O estudo mede o desempenho de todas as unidades da federação em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. Com foco na vida real e formato simplificado, o índice é fruto de parceria entre ZH e PUCRS, com apoio institucional da Celulose Riograndense.
Os dados foram detalhados pelo coordenador do curso de Economia da Escola de Negócios da PUCRS, Ely José de Mattos, que lidera a equipe que elabora o iRS. O indicador, produzido a partir de dados de 2015, os mais recentes disponíveis para todas as variáveis analisadas, mostram que o Rio Grande do Sul permaneceu em quarto lugar no ranking nacional, mas viu sua nota cair. Assim como na média nacional, a crise econômica pesou no desempenho. Na contramão do país e da maioria das unidades da federação, o Estado teve aumento na taxa de homicídios, o que afetou o resultado final.
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Mattos ressaltou que uma das virtudes do iRS é expressar, em números, o quadro que é percebido pelas pessoas no dia a dia. Mas o propósito principal é provocar discussões:
– O grande mérito do indicador não é o número em si, mas o debate que ele provoca.
O CEO da RBS Mídias, Claudio Toigo Filho, lembrou que uma das missões do grupo é fazer jornalismo para melhorar a vida das pessoas.
– Esse é um caso nítido de como isso pode ser feito em parceria com a sociedade. Fazemos isso promovendo a discussão, trazendo assuntos à tona para que a sociedade se organize, enxergue, discuta e encontre soluções, com o nosso apoio – disse Toigo.
Para ressaltar a importância do indicador, o diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, lembrou que, a exemplo do mundo empresarial, o que não é medido, não é gerenciado. Nunes também reforçou que o iRS baliza a discussão na tentativa de encontrar soluções para melhorar a qualidade de vida no Estado.
– Os números servem para que possamos estabelecer uma agenda propositiva – avaliou Nunes.
Estiveram presentes ainda representantes do Palácio Piratini, das secretarias estaduais de Saúde e de Educação, da Defensoria Pública do Estado, da Procuradoria de Justiça, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), da prefeitura de Porto Alegre, da prefeitura de Guaíba, do Sebrae, do Badesul, do Sindilojas, da Agenda 2020, da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) e da Associação Riograndense de Imprensa (ARI).