O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, determinou intervenção nas superintendências da pasta no Goiás e no Paraná, onde a Polícia Federal encontrou indícios de irregularidades na Operação Carne Fraca.
Funcionários do ministério que atuam em Brasília serão deslocados para esses dois Estados com a missão de "dar uma limpa" nos procedimentos. Escutas da Polícia Federal detectaram que, nessas superintendências, funcionários foram subornados para liberar a comercialização de produtos fora das especificações e até mesmo deteriorados.
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De acordo com a PF, parte das propinas pagas ao esquema eram destinadas a partidos políticos.
Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, depois de anunciar a medida, Blairo Maggi afirmou que o Ministério da Agricultura não vai se contrapor à Polícia Federal e explicou que a emissão de certificados de exportação das 21 empresas investigadas está suspensa.
– Não há risco de as mercadorias (irregulares) irem para fora.
Ao comentar a decisão do Chile de cancelar a importação de carnes brasileiras, Maggi disse não saber se o país está falando apenas dos produtos das empresas investigadas ou do total.
– Nós temos nossos pontos de argumento, somos grande importadores do Chile – lembrou. – Eu digo que se eu tiver que ter uma reação mais forte para proteger o mercado brasileiro, eu vou ter – prosseguiu, afirmando ter autorização do presidente Michel Temer para agir caso seja necessário.
*Estadão Conteúdo e Zero Hora
