Na semana seguinte ao corte de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira, o mercado reduziu a previsão para a Selic neste ano. De acordo com economistas e instituições financeiras consultados pelo relatório Focus, a expectativa é de que os juros encerrem 2017 em 9,75% ao ano (a.a.), contra 10,25% a.a. do boletim anterior. Atualmente, a Selic está em 13% a.a.
Para 2018, o mercado espera que os juros fechem em 9,5% a.a. Há uma semana, a estimativa era de 9,63% a.a. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
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O boletim Focus desta segunda-feira reduziu pela segunda vez consecutiva a projeção para a inflação deste ano, prevista em 4,8%. Na semana passada, as instituições financeiras estimavam 4,81%. Para 2018, o mercado manteve a previsão de que a inflação chegará ao centro da meta, ficando em 4,5%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), instituições e economistas preveem, pela terceira semana seguida, um crescimento de 0,5%. Há um mês, o mercado esperava um avanço um pouco maior da atividade econômica, de 0,58%.
Para o câmbio, a expectativa é de que o dólar esteja cotado em R$ 3,40 ao final de 2017. Na semana passada, a previsão era de R$ 3,45. Em relação a 2018, o mercado prevê a moeda norte-americana fique em R$ 3,50.