Mesmo com a elevação do desemprego para 11,8% no Brasil durante o terceiro trimestre de 2016, a taxa registrada no Rio Grande do Sul é a terceira menor do país, onde a desocupação chegou a 8,2% no período. Apenas Santa Catarina (6,4%) e Mato Grosso do Sul (7,7%) têm dados mais positivos entre os Estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com os números divulgados, nesta terça-feira, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Em relação ao terceiro trimestre de 2015, o desemprego teve aumento de 1,4% e atinge, atualmente, 500 mil gaúchos. No entanto, na comparação aos números do segundo trimestre deste ano, entre abril e junho, quando havia 530 mil desempregados, a desocupação caiu 0,5%.
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A taxa de desemprego sofreu aumento em todas as regiões no trimestre encerrado em setembro na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com o IBGE, o Nordeste tem o maior nível de desocupação, com 14,1% (entre julho e setembro do ano passado, a taxa era de 10,8%). A região é seguida pela Sudeste (de 9% para 12,3%), Norte (de 8,8% para 11,4%), Centro-Oeste (de 7,5% para 10%) e Sul (de 6% para 7,9%).
Falta trabalho para 22,9 milhões de brasileiros, diz IBGE
O país tem, atualmente, 22,9 milhões de pessoas desempregadas, subocupadas ou inativas, mas com potencial para trabalhar. O resultado significa que, no terceiro trimestre de 2016, estava faltando trabalho para todo esse contingente de brasileiros, segundo o IBGE.
A taxa composta da subutilização da força de trabalho – que contabiliza a taxa de desocupação, taxa de desocupação por insuficiência de horas trabalhadas e da força de trabalho potencial – ficou em 21,2% no terceiro trimestre. No segundo trimestre, o resultado foi de 20,9%, alcançando 22,7 milhões de pessoas. No terceiro trimestre de 2015, a taxa era consideravelmente mais baixa: 18%.
A maior taxa composta da subutilização da força de trabalho foi observada no Nordeste, de 31,4%, enquanto a menor foi registrada na região Sul, 13,2%. Bahia (34,1%), Piauí (32,6%) e Maranhão (31,9%) e Sergipe (31,9%) foram os Estados com as maiores taxas de subutilização da força. Os menores resultados foram observados em Santa Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).