A movimentação de mercadorias no Porto Seco da Serra Gaúcha, localizado às margens da RS-122 na Zona Norte de Caxias do Sul, está interditada desde o final da tarde desta segunda-feira (1°) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A previsão é que a interdição complete, no mínimo, uma semana, segundo o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Vanius Corte.
Representantes do Grupo Simas, empresa habilitada pela Receita Federal como operadora do Porto Seco, conversaram com o gerente do órgão e informaram que começaram a fazer a pintura da sinalização de segurança, um dos problemas encontrados pelos fiscais. A concessionária também disse ao ministério que está buscando novos profissionais capacitados para a operação, já que os trabalhadores que operavam as duas empilhadeiras tinham habilitação para operar cargas inferiores às que transportavam.
Segundo o gerente do MTE, o grupo Simas sugeriu que só na segunda-feira (8) estarão aptos para apresentar o pedido formal para desinterditar o local. Segundo Vanius, o ministério pretende ir ao porto de importações e exportações no mesmo dia que receber a documentação para verificar as condições e liberar a operação, se for o caso. A empresa foi procurada, mas preferiu não se manifestar.
Chamou atenção, nos últimos 15 dias, as duas fiscalizações do Ministério do Trabalho em áreas cruciais da logística caxiense: o Porto Seco e também o Aeroporto Hugo Cantergiani. No final do mês, a empresa que cuida do sistema de abastecimento do aeroporto de Caxias foi notificada.
Conforme o gerente do MTE em Caxias, as duas inspeções recentes, tanto no aeroporto como no Porto Seco, foram feitas mediante denúncias de trabalhadores que reclamaram das condições. Ele afirma que as fiscalizações não fazem parte de nenhuma força-tarefa do órgão na área da logística caxiense.
Sobre o aeroporto, Vânius afirma que o vazamento de querosene em uma das tubulações e o problema dos equipamentos elétricos sem certificação foram resolvidos pela BR Distribuidora, mas eles ainda têm de resolver outras irregularidades, dentro do prazo de 20 dias, que encerra na semana que vem. A partir daí, uma nova vistoria do Ministério do Trabalho será feita. O aeroporto está funcionando normalmente.