Em queda pelo terceiro dia seguido, a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 3,20 e alcançou o menor valor em um ano. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira com queda de R$ 0,045 (1,43%), vendido a R$ 3,19. A cotação fechou no nível mais baixo desde 21 de julho do ano passado (R$ 3,173). O dólar operou em baixa durante toda a sessão, mas ampliou a queda no fim da manhã, influenciado pela aprovação, pela comissão do Senado, do relatório favorável ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff.
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A cotação fechou na mínima do dia. A divisa acumula baixa de 1,5% em agosto e de 19,1% no ano. Como nos últimos dias, o Banco Central vendeu US$ 500 milhões em contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro. A operação, no entanto, foi insuficiente para conter a queda da moeda norte-americana. O dia também foi de ganhos no mercado de ações.
O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu pela segunda sessão seguida e fechou com alta de 0,91%, aos 57.593 pontos. Com valorização acumulada de 32,9% em 2016, o indicador está no nível mais alto desde 5 de maio do ano passado (58.052 pontos). As ações da Petrobras, as mais negociadas da bolsa, também fecharam em alta. Os papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas, subiu 0,92%, para R$ 12,01.
Os papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos, encerraram com alta de 0,15%, vendidos a R$ 13,57. Além de fatores políticos internos, o mercado financeiro foi influenciado pelo cenário internacional. Nesta quinta, o Banco da Inglaterra (Banco Central do Reino Unido) cortou os juros básicos do país de 0,5% para 0,25% ao ano. A instituição anunciou ainda a aquisição de 60 bilhões de libras em títulos públicos para injetar dinheiro na economia do país, que vem enfrentando queda de investimentos após a aprovação do referendo de saída do país da União Europeia.
Juros mais baixos nos países desenvolvidos atraem capitais para países emergentes, como o Brasil. Isso porque os investidores aproveitam os juros mais altos nos países em desenvolvimento para embolsarem ganhos.
*Agência Brasil