O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS) cresceu, em junho, pelo segundo mês consecutivo. Pulou de 42,1, em maio, para 46,3 pontos, aponta a pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), nesta terça-feira. Nos últimos dois meses, o Icei-RS acumula alta de 6,8 pontos, o maior patamar desde junho de 2014, mostrando que o pessimismo dos empresários, presente há 27 meses consecutivos, diminui.
“A possibilidade de uma saída para a crise econômica, ajudada pelo ajuste de estoques nas empresas, colabora para que se veja reduzida a percepção pouco otimista dos empresários gaúchos”, analisa o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
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Segundo Müller, os resultados estão associados especialmente às expectativas futuras, sugerindo que a situação atual está menos desfavorável e o pior momento da crise pode estar ficando para trás. Ele alerta, entretanto, que não há, do mesmo modo, dados que indiquem inversão da tendência recessiva do setor, ainda sem perspectivas de reação no curto prazo.
As avaliações negativas sobre as condições atuais ainda predominam entre os empresários, mas de forma menos disseminada. O índice geral alcançou 38,5 pontos, 5,3 acima de maio e o maior patamar desde dezembro de 2014. O índice de condições da economia brasileira registrou avanço de 26,3 para 32,7 pontos entre maio e junho e o de condições das empresas expandiu 4,7 pontos, chegando a 41,5.
A pesquisa indica também que o empresário ainda não vê perspectivas de melhora para os próximos meses. O índice de expectativas aumentou de 46,4 em maio para 50,2 pontos em junho. Portanto, a situação não deve piorar, dado que o indicador ficou sobre a linha neutra (50 pontos) pela primeira vez desde maio de 2014. A opinião da maioria dos pesquisados é influenciada especialmente pelo otimismo com o desempenho futuro de suas empresas, que marcou 53,5 pontos em junho, 3,8 maior do que maio. “A recuperação da confiança é importante e indispensável para a retomada dos investimentos, mas o cenário econômico, com demanda interna em baixa e desemprego em alta, ainda é de grandes dificuldades”, diz o presidente da Fiergs.
As expectativas para economia brasileira melhoraram, mas o pessimismo predomina. O índice de 43,8 pontos aumentou 3,9 em relação a maio e é o maior nível desde abril de 2014.