O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta sexta-feira que ainda é cedo para "dar notícias e definições" a respeito de eventuais mudanças dos preços da gasolina. No entanto, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Parente disse que a decisão sobre possíveis reajustes será "empresarial".
– A gente tem custos para produzir – frisou o presidente da estatal, que tomou posse na última quarta-feira.
Leia mais
Esquema da Petrobras teria pago despesas pessoais de Dilma, diz jornal
Em nota, Dilma rebate afirmações feitas por Cerveró em delação premiada
Petrobras orientou negócio com firma ligada ao filho de FHC, diz Cerveró
OUÇA A ENTREVISTA
Ex-ministro da Casa Civil e de Minas e Energia no governo de Fernando Henrique Cardoso, Parente também avaliou a relação da Petrobras com esquemas recentes de corrupção. De acordo com ele, não haverá mais indicações de nomes por partidos políticos para cargos de direção na empresa.
– Acabou indicação política na Petrobras. Foi a minha conversa com o presidente (Michel Temer) – garantiu.
Parente ainda evitou avaliar boatos sobre a privatização da estatal. Mencionou que o tema não foi tratado em conversas com Temer e que a sua missão é o resgate da companhia.
Durante a entrevista, Parente também relatou que a Petrobras dará suporte para a continuidade da apuração de irregularidades cometidas no âmbito da estatal.
– Qualquer um que tenha feito coisas ilegais será punido. Essas investigações continuam com nosso apoio, mas precisamos olhar para o futuro da empresa – destacou.
Além disso, Parente analisou a situação financeira da companhia. Apesar das dificuldades evidenciadas nos últimos anos, ele garantiu que serão investidos US$ 20 bilhões neste ano.
