Impulsionado pela abertura de vagas na indústria, o desemprego voltou a cair na região metropolitana de Porto Alegre. Em maio, o número de desempregados foi de 195 mil – grupo equivalente a quase quatro estádios como a Arena do Grêmio ou o Beira-Rio lotados ou 10,2% da população economicamente ativa.
Em abril, eram 198 mil pessoas sem emprego e o índice era de 10,5%. Em março, pior resultado no ano, o desemprego chegou a 10,7%. Os dados constam na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), divulgados pelo DIEESE, FEE e FGTAS na manhã desta quarta-feira.
A redução do desemprego ocorreu como resultado da abertura de vagas, principalmente na indústria de transformação, onde foram criados 12 mil postos de trabalho no mês. O setor é um dos mais atingidos pela crise e um dos que mais havia demitido desde o início da recessão.
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O setor de Serviços também abriu 12 mil postos no mês, seguido pela construção civil (mais 6 mil ocupados) e comércio (mais 4 mil ocupados).
A ampliação do número de assalariados ocorreu em maior parte do mercado formal. Dos 29 mil postos criados no setor privado, a estimativa é que 23 mil sejam de carteira assinada e 6 mil sem carteira.
A pesquisa também aponta elevação entre os trabalhadores autônomos (6 mil). O nível ocupacional entre empregados domésticos caiu 6 mil, um recuo de 6,7% do total de trabalhadores do setor.