Após a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ter se posicionado ainda na quarta-feira favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, cresceu nesta quinta-feira o número de entidades empresariais que pregam o mesmo desfecho para a crise política.
Em uma reunião à tarde na Fiesp que foi transmitida via videoconferência para federações de indústrias de outros Estados como Paraná, Pará e Espírito Santo e Rio de Janeiro, foi acertado que as entidades pressionarão os parlamentares para agilizar o processo de impeachment.
- Não dá mais. Nós estamos pedindo um basta, e este basta se dá com o impeachment - disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
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O entendimento é semelhante no Estado. Em nota, a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) informou que defende a saída de Dilma. "Diante dos novos fatos, que agravam a crise política e econômica, entendemos que não existem condições da presidente da República seguir governando o Brasil", diz o texto.
O Sindilojas da Capital vai no mesmo caminho. Também em nota divulgada nesta quinta-feira, a entidade diz colocar-se ao lado da população que tem saído às ruas para protestar. "Entendemos que este governo não tem mais credibilidade. A renúncia da atual presidente se faz necessária para que o País possa sair, o mais rápido possível, desta crise sem precedentes", avalia o Sindilojas.
Na Serra, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e outros 22 sindicatos patronais filiados assinam a pedido que será publicado nesta sexta-feira em jornais pregando o mesmo caminho e requerem "dentro dos limites constitucionais, o impeachment da presidente da República, ao mesmo tempo em que manifestam apoio ao trabalho da Justiça e Polícia Federal nas ações de combate à corrupção".
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) apenas replicou comunicado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em que pede o fim da crise política, mas sem sugerir afastamento de Dilma.
A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também manifestaram-se nesta quinta-feira pela renúncia de Dilma Rousseff.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) se reúne na segunda-feira para se posicionar.