Não houve ofertas pelo direito de prospectar petróleo em 51 blocos da Bacia de Pelotas localizados no extremo sul do Estado. A 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) está ocorrendo desde a metade da manhã no Rio de Janeiro. As áreas da Bacia de Pelotas já foram colocadas em oferta, mas não apareceram interessadas entre as 37 empresas com pedido de inscrição aprovado no leilão.
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, que acompanhava o leilão no Rio, já se prepara para voltar ao Estado. Segundo Redecker, havia muita expectativa pela possibilidade de haver interesse nas áreas que ficam na costa do Rio Grande do Sul, inclusive de técnicos da ANP, porque a região é considerada uma "nova fronteira" - região ainda pouco explorada, mas com indícios promissores da existência de petróleo.
- Não houve lances para mais da metade das áreas ofertadas até agora. Esse desinteresse pode ser um reflexo da cautela geral dos investidores em relação à queda nos preços do petróleo e dificuldades na economia. Vamos torcer para que surja alguma descoberta no Uruguai que possa aumentar o interesse dos investidores pela Bacia de Pelotas - consolou-se Redecker.
Depois do anúncio de que as áreas da Bacia de Pelotas no extremo sul do Estado seriam um dos atrativos da 13ª Rodada, feito em maio, uma decisão da BP (antiga British Petroleum) abalou a confiança de que os blocos sulinos poderiam ser alvo do interesse de investidores. Em agosto, a BP suspendeu a exploração nas áreas nas quais havia adquirido a concessão para prospecção. A empresa britânica justificou que suas análises apontaram "baixa probabilidade" de encontrar petróleo ou gás. Dois dos três blocos sob concessão da BP no Uruguai também integram a Bacia de Pelotas.