Enquanto aguarda a definição do futuro do novo terminal de cargas - as discussões sobre a privatização deixaram no limbo as obras e outros investimentos previstos pela Infraero -, o Salgado Filho depende de liminar para não ter barrado o recebimento de produtos farmacêuticos. Há mais de um ano e meio.
Em janeiro de 2014, a Anvisa solicitou a interdição do prédio para esse tipo de produto, devido à falta do Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) do local. Na ocasião, a Infraero, que administra o aeroporto gaúcho, obteve liminar da 1ª Vara Federal de Porto Alegre para poder despachar essas cargas até que providenciasse os ajustes necessários para conseguir o alvará dos bombeiros.
Ainda no ano passado, a medida judicial foi prorrogada, e, passados quase 19 meses, é ela que permite que o terminal funcione, sem interdição.
Após esbarrar nas mudanças de legislação referentes à Lei Kiss, em 2014, a Infraero protocolou apenas em 16 de abril deste ano o PPCI junto ao Comando Regional dos Bombeiros. Como a demanda para liberação de alvarás é enorme e ainda é necessário executar os ajustes previstos pelo plano - o tempo mínimo para conclusão de todo o processo é de 90 dias, segundo os bombeiros -, a dúvida é saber o que sai primeiro: a desinterdição do velho, ou a construção do novo.