A zona do euro manifestou incômodo nesta sexta-feira com o atraso grego nas negociações com seus credores e pediu ao país que as acelere, ao final da reunião em Riga que terminou sem acordo.
- Tivemos uma discussão muito difícil com o ministro das Finanças grego (Yanis Varoufakis) - reconheceu o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em coletiva de imprensa.
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A reunião dessa sexta-feira na Letônia com os ministros das Finanças da zona do euro tinha como objetivo selar um acordo de Atenas com seus credores sobre um plano de reformas que permitiria à Grécia voltar a receber a ajuda financeira suspensa desde agosto.
A suspensão é da última parte, de 7,2 bilhões de euros, que completa os empréstimos recebidos pelo país desde 2010 no valor de 240 bilhões de euros.
Os representantes das economias da zona do euro reconheceram que houve alguns avanços, mas as diferenças continuam sendo muito importantes sobre a lista de reformas que o governo de esquerda grego se comprometeu a apresentar para obter o aval de seus credores.
- Ainda há grandes, grandes problemas. Somos todos conscientes de que o tempo pressiona. Perdeu-se muito tempo - disse Dijsselbloem.
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Atenas e seus credores multiplicaram as reuniões nos últimos dias, a nível técnico e político. A Grécia deve pagar no dia 12 de maio aproximadamente 950 milhões de euros ao FMI, e depois pagar salários aos funcionários assim como as aposentadorias no final do mês.
- A falta de liquidez se transforma cada vez mais em um problema para a Grécia -ressaltou Dijsselbloem.
A isto soma-se a ameaça do Banco Central Europeu, que não exclui examinar novamente as condições da disponibilidade dos seus recursos aos bancos gregos, um mecanismo vital para o refinanciamento do país.
- Nossa mensagem é muito clara, é preciso acelerar desde hoje, intensificar os esforços e não há outra opção para uma Grécia estável e ancorada na zona do euro - insistiu Pierre Moscovici, o comissário europeu de Assuntos econômicos.
*AFP
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Zona do euro pede que Grécia acelere negociações com credores
Acordo que deveria ser fechado hoje teria permitido ao país voltar a receber ajuda financeira
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