Uma semana após dar trégua aos bloqueios em rodovias, caminhoneiros se reúnem nesta terça-feira com empresários do setor de transporte de cargas. No encontro, às 9h na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília, deverão estar presentes três ministros: Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Katia Abreu (Agricultura) e Antonio Carlos Rodrigues (Transportes).
Tanto caminhoneiros quanto empresas apresentarão propostas sobre o valor do frete, mas o governo também pode levar um resumo do que já foi analisado sobre o tema. Além de uma tabela de preço mínimo para o frete, caminhoneiros esperam posição do Planalto sobre a redução no preço do diesel.
Motoristas mantêm contatos e articulação
Apesar do movimento não ter começado por iniciativa dos sindicatos, representantes sindicais devem comparecer ao encontro, já que os protestos não contam com uma liderança centralizada.
No Estado, caminhoneiros do Sul são os mais ansiosos por uma definição. Um motorista que não quis se identificar admite que pode haver bloqueios em rodovias caso o governo não apresente resposta satisfatória às demandas:
- Continuamos mobilizados, conversando por WhatsApp, nos articulando. Demos o tempo que o governo pediu, mas as reividicações seguem.
No noroeste gaúcho, motoristas afirmam que não retomarão as atividades caso não haja melhoria nas condições de trabalho. Na avaliação dos trabalhadores, a aprovação da Lei dos Caminhoneiros pouco contribuiu para deixar o exercício da profissão mais rentável. Para isso, conforme a categoria, seria preciso ter uma tabela de preço mínimo.
Conforme a ANTT, a reunião servirá para debater a regulamentação da Lei do Caminhoneiros, com entrada em vigor em abril.
Vaivém nas rodovias
Em fevereiro, caminhoneiros autônomos iniciam protestos reivindicando redução do preço do diesel, tabela mínima do frete e redução de pedágios.
O movimento começa no Rio Grande do Sul. Trechos importantes são bloqueados, complicando a distribuição de produtos no Estado e no país.
O governo federal reúne representantes dos caminhoneiros para solucionar o impasse. Parte da categoria decide voltar, mas o movimento segue forte no Estado e em Santa Catarina.
Depois de confrontos com forças policiais para liberar rodovias, movimento decide dar trégua até a reunião prevista para esta terça-feira.