Como o nível de emprego na região de Rio Grande caiu de forma brusca com a entrega de encomendas à Petrobras e atraso nos próximos projetos, a Celulose Riograndense vai à região em breve em busca de mão de obra ociosa.
Dona do maior projeto privado em execução no Rio Grande do Sul, avaliado em R$ 5 bilhões, a indústria estará no sul do Estado atrás de profissionais especializados, como soldadores com certificação. Hoje, trabalham em Guaíba 4,4 mil pessoas, mas o presidente Walter Lídio Nunes acredita que serão 8 mil até a metade do ano.
Com 45% da obra construída e inauguração marcada para 3 de maio de 2015, a nova etapa do projeto começa nos próximos dias com a construção de uma estrada "privada", de quatro quilômetros, totalmente bancada pela empresa, ligando a fábrica à BR-116. Embora tenha feito uma série de obras viárias no município, a ideia, explica Walter Lídio, é evitar usar a infraestrutura urbana na medida do possível.
Mas não é só isso, claro, pois uma obra desse porte exige outras complementares. No momento, está sendo negociado com o Dnit, em Brasília, o uso do porto fluvial de Pelotas, hoje parado. O objetivo é levar a celulose de barca até o porto e, na volta, trazer madeira para a unidade industrial. Da produção total da fábrica, estimada em 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, 1,5 milhão será exportada.