O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) já autorizou o início do funcionamento da usina termelétrica da AES em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que é movida a gás natural liquefeito (GNL). Segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a usina vai gerar 250 megawatts de energia nos meses de março e abril.
- É uma operação normal, geralmente é assim - disse Zimmermann. No ano passado, a usina também foi acionada, durante os meses de fevereiro e março.
No início do ano, não havia expectativa de acionamento da usina devido aos altos custos do gás natural liquefeito (GNL) e pela dificuldade logística para o fornecimento do produto, mas o nível cada vez mais baixo das barragens nas hidrelétricas obrigou o governo a reconsiderara possibilidade.
A capacidade total da AES Uruguaiana é de 630 MW.
Discussão sobre energia
Em decorrência das recentes falhas no fornecimento de energia elétrica, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs) apresentou, nesta terça-feira, em audiência pública na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, um panorama da situação do setor no Estado. O conselheiro-presidente da entidade, Carlos Martins, admitiu que o Rio Grande do Sul corre o risco de sofrer com novo apagão caso o inverno deste ano seja muito rigoroso.
>>"Não temos falta de energia, mas problemas para distribuir", diz presidente da Agergs
A Agergs avalia que o principal problema da CEEE, que abastece a Região Metropolitana da Capital, seriam as perdas não técnicas - ligações irregulares feitas por não consumidores, os conhecidos "gatos". Para a CEEE, esse número representa 30% do consumo, quando o tolerado pela Aneel são 15%. O responsável pela agência reguladora diz que isso representa perda de capacidade de investimento.