Num mês de alta volatilidade que obrigou o Tesouro Nacional a botar um pé no freio nos leilões de venda de títulos, a dívida pública federal (DPF) caiu R$ 76,5 bilhões em janeiro, apresentando uma queda de 3,6% ante dezembro. O estoque recuou para R$ 2,04 trilhões.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira, pelo Tesouro Nacional, o impacto da correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 23,59 bilhões que compensou em parte o resgate líquido de R$ 99,27 bilhões de títulos no mês.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) caiu 3,85 % e fechou o mês em R$ 1,95 trilhão, enquanto que a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,67% maior, somando R$ R$ 96,27 bilhões.
O Tesouro informou ainda, que a parcela de títulos atrelados à taxa Selic (taxa flutuante) subiu de 19,11% em dezembro para 20,32% do total da dívida em janeiro. Já a participação de títulos prefixados caiu de 42,02% em dezembro para 38,68% em janeiro. Os títulos atrelados à inflação fecharam o mês passado em 36,36%, ante 34,53% do total da DPF em dezembro. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio aumentou de 4,35% para 4,64% do total da DPF.
No caso da dívida pública mobiliária federal interna (DPFi), a fatia de papeis prefixados passou de 43,30% em dezembro para 39,91% no mês passado. Em relação aos títulos indexados a índices de preços, houve um aumento no período de 36,14% para 38,16% da DPMFi. No caso dos papéis corrigidos pela taxa básica de juros, houve alta na participação, passando de 20% para 21,32%. Os títulos corrigidos pela variação cambial passaram de 0,57% para 0,61% do total do estoque da DPMFi.