Já imaginou se o próximo Facebook nascesse no Brasil? Apostar nisso, claro, é bastante arriscado, mas se depender da quantidade de startups que surgem a cada dia no país, a chance existe. Um bom sinal de que os jovens brasileiros estão em busca dessa possibilidade foi a escolha do empreendedorismo digital como tema da edição deste ano da Campus Party, que termina neste domingo em São Paulo. No principal encontro de tecnologia do país, os tradicionais geeks e seus computadores ultramodernos dividiram espaço com empresários novatos, cheios de projetos na cabeça.
Veja quais as apostas dos jovens empreendedores:
Não se deixe enganar. Os jovens donos de startups também gostam do mundo digital, mas o que faz brilharem seus olhos é a possibilidade de encontrar um investidor, ampliar o negócio e, quem sabe, virar o próximo Mark Zuckerberg, criador do Facebook.
Quando se pergunta sobre o que procuram na Campus Party, a maioria tem a mesma resposta: fazer contatos e descobrir parcerias. Basta um pouco mais de conversa para entender que o importante mesmo é a hora do "pitch", como costumam chamar. É o tempo, de 10 a 20 minutos, que o empreendedor tem para convencer os investidores sobre o quanto a sua ideia é sensacional. Se agradar, pode ser que leve a grana de que tanto precisa.
Enquanto o Planalto e governos estaduais se empenham em oferecer programas de financiamento público para incentivar empresas iniciantes, jovens empreendedores desejam mesmo é atrair a velocidade e a experiência em negócios da inciativa privada. A quantidade de dinheiro pedida varia conforme a startup. Tem quem precise de R$ 40 mil para colocar o negócio em pé, mas há os que buscam meio milhão de reais.
Entre os que conseguiram a forcinha providencial estão os mineiros da Over Power Studios. Receberam uma proposta (o valor ainda é mantido em segredo) da B9 Corp, de jogos digitais e aplicativos, que investirá o dinheiro em parcelas para apoiar as ações de marketing de um jogo e no desenvolvimento de um novo game.
- Já conhecia a empresa de nome, mas pouco o que oferecia. Foi na Campus Party que consegui conversar com os rapazes e perceber a qualidade técnica e o modelo de negócios inovador - conta Moacyr Alves Júnior, diretor de negócios da B9 Corp.
Maurício Centeno, sócio-fundador da aceleradora das startups Estarte.me, ressalta a importância da troca de cartões:
- Pode ser que a parceria não seja estabelecida aqui, mas o primeiro contato aumenta as chances de um futuro negócio.
Leia mais: saiba como começaram o Buscapé, o Peixe Urbano e a Dafiti