Mark Zuckerberg já disse que a privacidade é um valor superestimado e ultrapassado (não a dele, é claro). Os adolescentes parecem discordar: estão fugindo dessa rede que permite aos pais e tios interagirem livremente com amigos. Buscam alternativas mais reservadas, como WhatsApp e Snapchat. Outros grupos também questionam a apropriação gananciosa de dados pessoais pelo Facebook, capaz de armazenar informações mesmo enquanto os usuários navegam em outros sites.
Existe alguma maneira de proteger seus dados em um mundo cada vez mais digitalizado? Para quem pensa que basta ficar fora do Facebook, fugir dos produtos da Google ou resistir à conveniência do iPhone, as notícias não são boas. Não é que o Zuckerberg tenha razão, mas negar a realidade não vai ajudar: o comportamento online da maioria dos usuários é passível de armazenamento e registro. Quanto mais produtos de sucesso o Facebook puder comprar, mais informações ele poderá obter sobre cada um de nós.
Por enquanto, há serviços de troca de mensagens e sites de redes sociais interessantes que ainda não estão nas mãos das gigantes digitais. Para quem busca áreas de escape das garras de Zuckerberg, sem abrir mão da qualidade do produto, vale experimentar - ou voltar a usar - as alternativas abaixo. É bom notar, obviamente, que estas também têm acesso às informações dos usuários.
Snapchat
App de envio de imagens para amigos que tem como principal atrativo o fato de que as fotos e vídeos se "autodestroem" em poucos segundos. O registro é fugaz e não pode ser passado adiante. Já recusou oferta de compra pelo Facebook, causando um certo espanto e ganhando ainda mais admiração.
Viber
App semelhante ao WhatsApp. Tem cerca de 300 milhões de usuários no mundo, é gratuito e foi comprado recentemente pela japonesa Rakuten, por US$ 900 milhões.
Twitter
Bom e velho (para os parâmetros atuais) serviço de publicação de mensagens curtas. Não tem a mesma complexidade do Facebook, o que pode ser um elogio. É ágil e atrai principalmente quem gosta de consumir e compartilhar notícias. Atualmente, a empresa divulga que há 200 milhões de usuários ativos por mês.