Dando continuidade à mudança na sua política monetária, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidiu reduzir, novamente em US$ 10 bilhões, o programa de compra mensal de títulos que injeta capital no sistema financeiro americano, após reunião realizada nesta quarta-feira. A medida faz parte dos esforços criados pelo governo para combater os efeitos da crise internacional de 2008.
Na prática, a redução diminui a quantidade de dólares em circulação no mercado global e pode fazer a cotação do dólar aumentar, principalmente em economias emergentes. Nos últimos dias, apenas a expectativa em torno da reunião já aumentou o preço da moeda diante do real. Na terça-feira, o dólar fechou acima de R$ 2,42 - maior valor desde agosto do ano passado.
A desaceleração nos estímulos havia sido iniciada em dezembro do ano passado, quando o Fed reduziu de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões o valor despejado na economia. Desta vez, em nota divulgada após a reunição, o banco destacou que o crescimento econômico "acelerou nos últimos trimestres" e segueriu que irá continuar com os cortes no programa.
O Fed, no entanto, manteve inalterada sua taxa de juro - que segue próxima a zero - e não fez menções às turbulências cambiais enfrentadas por economais emergentes, como a Argentina.
Linha do tempo: confira a participação do Fed no processo de recuperação da economia americana após a crise de 2008