A dívida pública federal (DPF), que inclui o endividamento externo e interno, teve um aumento de R$ 114,83 bilhões em 2013. O estoque subiu 2,58% em relação a novembro e 5,72% em relação a 2012, atingindo R$ 2,12 trilhões em dezembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional. O aumento foi menor do que os R$ 142 bilhões registrados em 2012, quando a DPF fechou dezembro em R$ 2,00 trilhões.
A apropriação dos juros na DPF em 2013 somou R$ 218,021 bilhões. O impacto da correção dos juros no estoque da dívida só não foi maior porque o Tesouro fez um resgate líquido expressivo de títulos de R$ 103,197 bilhões. Essa retirada de papéis do mercado foi influenciada pelas dificuldades de venda de títulos ao longo do ano por conta das turbulências do mercado financeiro.
A parcela da DPF atrelada a papéis prefixados (que têm taxa de juros definida no leilão de venda) subiu de 40% no final de 2012 para 42,02% e a participação de títulos vinculados à variação da inflação passou de 33,87% para R$ 34,53%. Juntos esses dois tipos de papéis - que são considerados melhores para a gestão da dívida - passaram de 73,87% em 2012 para 76,5% do total da dívida no final de 2013.