Quem quer investir em um cenário de alta do dólar, baixo crescimento do PIB e aumento da inflação? Poucos.
A combinação não só assusta, como retrai os investimentos planejados. A incerteza econômica é, de longe, o que mais tem brecado a possibilidade de o país se desenvolver de forma mais ágil.
Comprovações não faltam e, uma das mais recentes veio em estudo da Grant Thornton International, deixando claro que, até mesmo acima da tão propalada burocracia e da extensa regulamentação, a razão principal de se pouco avançar são as muitas dúvidas e poucas certezas sobre 2014. A baixa confiança na política econômica é, então, a raiz dos projetos na geladeira. Círculo vicioso que só se combate com garantia de retomada do desenvolvimento. Coisa que, por aqui, não há agora.
É claro que o rol de dificuldades não é pequeno - vai da alertada falta de mão de obra qualificada à infraestrutura, escassez de capital de giro e de longo prazo, custo do crédito e deficiência em tecnologia.
Tudo pesa, com certeza, mas com garantia de crescimento à vista, o passo seria bem facilitado.