Pela primeira vez desde junho, quando os protestos começaram aqui no Rio, os manifestantes não conseguiram atingir o alvo. Nem perto chegaram. Com uma postura diferente da Polícia Militar, a Força Nacional de Segurança, que ficou na linha de frente, impediu qualquer tipo de aproximação. Foram montadas duas grandes barreiras de proteção nas cercanias do Hotel Windsor. Quando houve um esboço de movimentação e tentativa de derrubar o gradil, a reação foi imediata, com balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Na sequência, imagens difíceis de esquecer: a depredação de sempre, com fogo em carro de imprensa e banheiro químico. Mas algumas cenas foram realmente diferentes. Como a confusão ocorreu na orla da Barra da Tijuca, em dia de feriado e com 34°C de temperatura, a praia estava cheia. Homens de sunga, mulheres de biquíni, surfistas e pessoas passeando com seus cachorros no calçadão tentaram se proteger da maneira que foi possível. Mascarados escalavam coqueiros buscando cocos para arremessar nos agentes de segurança. Depois de algumas horas de confronto, os manifestantes se retiraram, e o leilão transcorreu normalmente.