Marta Sfredo
Quando no final do século passado começou a se falar em cata-ventos espalhados pelo Estado para gerar energia elétrica, havia tanto ceticismo quanto o que cerca, hoje, o projeto do polo aeroespacial. Em pouco mais de uma década, o Rio Grande do Sul se tornou referência em geração eólica, tem 15 parques e projeta investimentos totais de R$ 6 bilhões até 2017, conforme informações da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimentos (AGDI). Até o final da década de 1990, no entanto, nem produzir eletricidade a partir dos ventos nem tornar o Rio Grande do Sul competitivo nesse segmento pareciam ambições ao alcance da mão. O programa lançado no governo de Fernando Henrique Cardoso, marcado pelo apagão, foi abraçado pela então secretária de Energia e Minas do Estado, Dilma Rousseff, e por empresários nacionais e internacionais.