O grupo Metro-Shacman confirma nesta terça-feira investimentos de R$ 400 milhões para início da produção de caminhões pesados e extrapesados da marca chinesa na cidade de Tatuí, interior de São Paulo. Com capacidade para 10 mil veículos ao ano, a unidade deve entrar em operação em meados de 2014. É a sexta empresa do ramo a anunciar fábrica no Brasil nos últimos dois anos.
O País já abriga nove indústrias desse segmento, que se recuperam de uma queda de quase 20% nas vendas do ano passado, que somaram 139,1 mil unidades, após atingir recorde de 172,8 mil caminhões em 2011.
- O Brasil tem vocação para caminhões pois, infelizmente, tem pouca ferrovia, insuficiente para atender toda a demanda de transporte de produtos - diz Maurício Vieira, diretor de operações da Metro-Shacman.
A fábrica será uma parceria do grupo brasileiro Metro-Shacman (formado por investidores brasileiros ligados ao ramo da construção) e a própria montadora chinesa. Segundo Vieira, ainda falta definir o porcentual do aporte para cada um. Quando a fábrica estiver operando em plena capacidade, serão criados mil empregos diretos, informa Vieira. A área em Tatuí já abriga um galpão (onde antes operava uma empresa de cerâmica) e apenas serão feitas adaptações internas para abrigar a linha de montagem, que poderá vir da China.
A Metro-Shacman importou 99 unidades dos caminhões da matriz, pagando 30 pontos a mais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), conforme estabelece o programa Inovar-Auto. Um terço da encomenda já foi vendido, a preços entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
- Com a produção local, pretendemos baratear os preços - afirma o executivo.