Pela primeira vez desde que começaram rumores sobre uma eventual venda da empresa para o grupo alemão E.ON, a MPX, empresa do grupo de Eike Batista, confirmou tratativas nesta quinta-feira, por meio de nota.
No entanto, assegurou que a EBX, holding do grupo, não pretende deixar o controle da empresa de energia. A MPX é dona de dois dos projetos de geração a partir de carvão mineral no Rio Grande do Sul com maior probabilidade de se credenciar no leilão de energia anunciado para o segundo semestre. Os projetos das usinas somam investimento de R$ 6,5 bilhões.
Em nota, a MPX afirma que "seu acionista controlador, Sr. Eike Fuhrken Batista, confirmou que as negociações envolvendo venda de ações da MPX evoluíram e que mantém discussões avançadas com a E.ON para aquisição de parte das ações da MPX por ele detidas". Em seguida, observando que até o momento não há nada fechado, detalha que "o acionista controlador informou que não deixará o controle da MPX em razão de referida transação".
O comunicado é assinado por Eduardo Karrer, diretor-presidente da empresa, executivo que já esteve no Estado anunciando a intenção de construir usinas em Candiota. A MPX tem várias usinas térmicas que usam gás natural produzido nos blocos terrestres de sua empresa coligada, OGX Maranhão. A empresa alemã já detém 10% da companhia.