Você desconfia que está pagando além do razoável para ter uma conta no banco, ver a Angelina Jolie e o John Wayne na TV a cabo, falar ao celular ou dispor de um cartão de crédito para viajar a Acapulco nas férias?
Pois então, fique atento. Talvez seja a hora de reduzir tarifas, enxugar pacotes de serviços e pesquisar preços. Especialistas recomendam: seja um negociador persistente.
Cada pessoa sabe o que lhe convém, é óbvio, mas não há motivo para manter um plano de internet banda larga de 15 megas se o de 10 megas, mais barato, for suficiente. Se anotar na ponta do lápis, constatará que, ao final do ano, foram desperdiçados R$ 120 somente para navegar em sites. E assim ocorre com outras contas, se estiverem desajustadas na relação entre o que se paga e o que realmente se aproveita.
Raros são os consumidores que revisam periodicamente o orçamento doméstico. Mais escassos ainda são os que decidem renegociar tarifas. A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, alerta que a população não reclama e costuma pagar por serviços não utilizados.
- Muitos não têm educação financeira para o consumo - observa Maria Inês.
Não se trata de virar um sovina, tipo o Tio Patinhas, que passa a vida a guardar cada centavo. Nem criticar quem pode se conceder o luxo de ter à disposição o máximo de canais na TV a cabo, mesmo que assista a menos da metade por falta de tempo. A intenção de entidades como o Proteste é valorizar sua grana.
E prevenir contra o endividamento. Se você acha que está se encalacrando em dívidas as quais não consegue estancar, então aja. Foi o que fez Rafael Menezes de Quadros, 32 anos. Ele saiu do vermelho e recuperou o sono ao recorrer a um caderno de bolicheiro para registrar a contabilidade. Identificou que o seu bolso vazava nas pequenas despesas.