Caio Cigana
Cinco anos depois de testemunhar o nascimento de cinco pequenos negócios, Zero Hora volta para conferir o destino dos personagens que embarcaram na ousada viagem que é abrir uma empresa no Brasil. O reencontro mostra que os protagonistas da série A Aventura de Empreender, publicada em fevereiro de 2008, tiveram trajetórias distintas, com histórias de sucessos e percalços. Confira:
O negócio é movido pela ousadia de quem quer apimentar o relacionamento, mas o estilo de gestão não poderia ser mais papai-e-mamãe. Para o casal Arnon Aydos e Elisabeth Felix da Silva, o atrevimento resumiu-se à aventura de abrir a butique erótica Apassionata. Para levar a empresa ao quinto ano sólida e promissora, o segredo foi a administração recatada.
Ciosos de seus princípios, o casal mantém a Apassionata sem dívidas. Para investir, os dois preferem aplicar o lucro a tomar crédito. Fornecedores são sempre pagos à vista, o que rende descontos e é um dos segredos para se manter no azul. Antecipar recebíveis é outra prática evitada. Afinal, dinheiro custa caro e vale a pena ter as finanças organizadas para aproveitar oportunidades.
- Somos cautelosos porque tudo o que temos está aqui. Não há margem para errar - explica Arnon.
O apego à execução rígida do roteiro traçado é tamanho que envolve até a vida pessoal. E há nove meses, nasceu Frederico.
- Foi uma gravidez pensada. Decidimos dar este passo em função do que conquistamos. É sinal de confiança no futuro - diz Arnon, 36 anos, que conheceu Elisa no sexshop da irmã em Campinas (SP), onde ele trabalhava.
Aliada à gestão rígida, a clientela que desde 2007 acorreu à Apassionata - em busca de realizar fantasias ou sair da mesmice - garantiu que o prejuízo se limitasse ao primeiro exercício. Depois, só fechou no lucro, apesar de as vendas não serem beneficiadas por grandes picos e, nos últimos três anos, crescerem em média 5%.
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