Para tentar pressionar uma queda nos preços na praça de alimentação nos aeroportos, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) está criando uma operação de guerra.
Lojas com preços tabelados começam a ser licitadas em fevereiro e juntam-se às máquinas automáticas de bebidas, snacks e café.
O projeto da loja popular será feito no aeroporto Afonso Pena, de Curitiba. Em pregão público dia 14 de fevereiro será concedida área de 34 m². A expectativa é que o projeto seja estendido aos demais aeroportos a partir da metade de março, incluindo o Salgado Filho, em Porto Alegre.
Nos terminais com a lanchonete popular, a empresa vencedora terá de fornecer 15 produtos estabelecidos pela Infraero pelos preços do edital. Para o consumidor, será um alívio no bolso: o refrigerante, que chega a custar R$ 6, sairá por R$ 3,20 em Curitiba.
Salgados, sanduíches, água mineral deverão ter preço semelhante à média do mercado na região do terminal.
O diretor Comercial da Infraero, Geraldo Moreira Neves, explica que a medida é importante porque aumenta a concorrência:
- Os preços são elevados porque há demanda nas lojas no aeroporto. Se as pessoas estão comprando, o concessionário não vai baixar o preço.
Coordenadora do Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci entende que a medida não resolve o problema. Os altos preços cobrados são uma forma de o comerciante compensar os altos aluguéis pagos pelos espaços nos aeroportos brasileiros à Infraero:
Até março, o Salgado Filho deverá ter nove pontos de máquinas automáticas nos dois terminais.
Preço nas alturas
Infraero vai lançar licitação para criação de lojas com preços tabelados nos aeroportos
Projeto de loja popular começa em Curitiba e deverá chegar a Porto Alegre a partir de março
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