Depois de perder o posto de montadora número 1 em vendas no mundo em 2008, ir quase à falência e receber ajuda do governo norte-americano, a General Motors (GM) deve ter confirmada o seu retorno ao topo. A montadora divulga nesta quinta-feira seus números, e a expectativa varia entre 8,5 milhões e 9 milhões de veículos.
O resultado será suficiente para recuperar o posto perdido à Toyota. Está certo que o terremoto seguido de tsunami e acidente na usina nuclear de Fukushima, que abalou o Japão em março passado, comprometeu a produção da companhia nipônica. A Toyota informou que suas vendas chegaram a 7,9 milhões de unidades.
Mas a General Motors também fez seu dever de casa: criou produtos de interesse do mercado, reduziu o peso de sua estrutura corporativa e buscou crescer onde havia espaço - ou seja, fora dos Estados Unidos (confira quadro ao lado). Os EUA representavam, em geral, a metade das vendas da empresa. Desta vez, serão cerca de 30%.
No Brasil, a GM perdeu participação de mercado, em parte devido à desatualização da linha de produtos. Mas o país é importante para a empresa. Afinal, é o segundo maior mercado da marca Chevrolet. Um novo plano de investimentos deverá ser anunciado nos próximos meses, voltado para novos produtos e modernização das fábricas.
A manutenção da liderança também deverá ser testada neste ano com a recuperação da Toyota dos desastres no Japão e os avanços da Nissan-Renault e, em especial, da Volkswagen. A montadora alemã, aliás, superou a Toyota no ano passado, com 8,156 milhões de veículos, impulsionada pelo seu desempenho nos Estados Unidos e no resto do mundo. A meta da Volkswagen é chegar ao topo em 2018.
Após a turbulência
General Motors deve voltar ao topo nas vendas mundiais entre as montadoras
A japonesa Toyota perde a liderança para a GM e cai para terceiro lugar, atrás da alemã Volkswagen
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