O estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) alcançou a cifra de US$ 660,507 bilhões em 2010. Resultados preliminares do Censo de Capitais Estrangeiros no País 2011, realizado pelo Banco Central (BC), mostram que a cifra equivalia a 30,8% do tamanho da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB).
Esse montante é US$ 188 bilhões superior ao estimado anteriormente (US$ 472,6 bilhões, 22% do PIB). Segundo o BC, "essa diferença deveu-se, fundamentalmente, à mudança no critério de valoração dos investimentos".
Anteriormente, era considerado o saldo apurado no último censo acrescido dos fluxos mensais líquidos de IED em valores nominais. Assim, não eram consideradas eventuais variações nos valores desses ativos após o ingresso no país. Nesse relatório, o BC passou a considerar o valor de mercado, "em conformidade com o padrão estatístico internacional".
Do estoque de IED, a participação no capital das empresas somou US$ 579,627 bilhões, o correspondente a 27% do PIB. Já a fatia representada pelos empréstimos intercompanhia - entre a sede e a filial brasileira - somou US$ 80,881 bilhões.
Em relação aos setores de atividade econômica, o maior estoque ficou com o de serviços financeiros e atividades auxiliares, US$ 98,1 bilhões, equivalentes a 16,9% do total. Da segunda posição em diante, os setores, individualmente, representam menos de 10% do estoque total, com destaque para empresas produtoras de bebidas (US$ 52,2 bilhões ou 9%), de extração de petróleo e gás natural (US$49,4 bilhões, equivalentes a 8,5%) e prestadoras de serviços de telecomunicações (US$ 40,6 bilhões ou 7%).
O número de empresas receptoras de IED declarantes ao censo de 2011 atingiu 13,7 mil, 22,4% inferior ao total do de 2006. Segundo o relatório, a queda decorre da "racionalização da metodologia" do censo de 2011.
Entrada de dólares
Investimento estrangeiro direto atinge US$ 660,507 bilhões em 2010
Número de empresas que recebeu investimento chegou a 13,7 mil
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