Em assembleia geral realizada na manhã deste sábado, em Chiapetta, no noroeste do Estado, foi definida a liquidação voluntária da Cotrijui, com o objetivo de resguardar o patrimônio da entidade, avaliado em R$ 2 bilhões. Na prática, o resultado da votação equivale a uma moratória para a renegociação da dívida da cooperativa, calculada em mais de R$ 1,2 bilhão.
O encontro terminou no início da tarde e reuniu cerca de mil associados. Houve debates acalorados e até um princípio de confusão, que precisou ser contido a ajuda da Brigada Militar.
Ao final, segundo o advogado da Cotrijui, Claudio Lamachia, mais de dois terços dos presentes aprovaram a medida e definiram o atual presidente, Vanderlei Fragoso, como o liquidante - figura que assume o controle do processo. A maioria dos associados também decidiu manter o atual conselho fiscal.
- Os associados votaram pela liquidação com o entendimento de que isso não significa o encerramento das atividades, mas uma moratória. Houve toda uma explanação sobre a dívida e sobre o plano de recuperação judicial e extrajudicial - disse Lamachia.
Com mais de 19 mil associados, a Cotrijui está presente em 42 municípios gaúchos com mais de 2,7 mil colaboradores. A cooperativa tem capacidade de armazenagem de um milhão de toneladas.