O príncipe Andrew, 61 anos, que enfrenta um processo civil nos Estados Unidos por agressão sexual, renunciou aos seus cargos honorários à frente de regimentos militares e associações de caridade. A informação foi divulgada pelo Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (13).
"O duque de York continuará sem desempenhar nenhuma função pública e se defenderá neste caso na qualidade de cidadão privado", anunciou o palácio em um breve comunicado.
Considerado o "filho predileto" da rainha Elizabeth II, Andrew já vinha se afastando da vida pública desde o escândalo. Conforme reportagem da emissora britânica BBC, que cita fontes do palácio, ele também deve deixar de atender pelo título de Sua Alteza Real.
O anúncio ocorreu após um juiz de Nova York recusar, na quarta-feira (12), um recurso apresentado pelos advogados do príncipe para que indeferisse a denúncia de agressões sexuais apresentada contra seu cliente por Virginia Guiffre. A americana o acusa de ter abusado sexualmente dela em 2001, quando tinha 17 anos.
Guiffre é uma das vítimas de crimes sexuais do gestor financeiro americano Jeffrey Epstein, declarado culpado de pedofilia por um tribunal da Flórida. Ele se suicidou na prisão em Nova York em agosto de 2019, quando aguardava um novo julgamento por tráfico e abuso de menores.
Naquele mesmo ano, Andrew deixou suas funções reais por causa da repercussão sobre sua amizade com Epstein. Segundo ele, o assunto se tornou "um grande estorvo" para a família real