E como faz para recuperar o fôlego depois da maravilhosidade que Beyoncé fez nesse retorno?
Na última madrugada de sábado, 14, Beyoncé voltou após mais de um ano sem realizar shows ou performances. Sua última aparição nos palcos foi no Grammy de 2017, apresentação marcante na qual ela se tornou uma deusa deslumbrante com referências religiosas. Lembra?
A rainha está de volta! Depois da gravidez e de dar à luz os gêmeos Rumi e Sir, temos Bey no mundo da música novamente. E que volta, eu diria. A cantora participou do festival Coachella, em Los Angeles e arrepiou! Beyoncé estava escalada para a edição de 2017, mas teve que ser substituída por conta da gravidez. Pela comoção na internet e dos presentes (e pela percepção da fã que vos fala), foi a sua melhor apresentação da carreira. Ou seja, performance histórica e inesquecível!
– Obrigada por me deixarem ser a primeira mulher negra como atração principal do Coachella. Era para eu ter me apresentado antes, mas acabei ficando grávida. Eu tive tempo para sonhar sobre esse show, com duas almas lindas na minha barriga, e isso é mais do que eu sempre sonhei. Eu espero que vocês tenham gostado, trabalhamos duro –, essa foi a fala de Beyoncé quase na finalização de sua performance.
O Coachella ocorre há quase 20 anos e até então nenhuma artista negra havia sido headliner, marco histórico da cantora no festival. O figurino foi inspirado em guerreiras, rainhas e também no movimento Pantera Negra – que lutava pelos direitos dos negros americanos nas décadas de 60 e 70. Ainda houve citações de MalcomX, um dos maiores defensores dos direitos civis negros dos Estados Unidos, entre as músicas.
A artista não perde mais oportunidades de mostrar a história do povo negro e de politizar suas apresentações. Amém, Beyoncé!
A cantora ainda homenageou a ativista e cantora Nina Simone com um mashup de Lilac Wine com sua música Drunk in Love.
Em um momento de pura sororidade, parte do discurso 'We should all be feminists' da autora Chimamanda Ngozi Adichie foi ouvido antes do aparecimento das ex-companheiras de grupo, Michelle Williams e Kelly Rowland, do Destiny's Child.
Sobre a espera pelo show da cantora por mais de um ano, sem dúvidas, valeu a pena. Beyoncé está em sua melhor forma, estava nitidamente feliz, radiante e mostrando claramente o quanto trabalhou para um show impecável.
O palco parecia tinha uma escadaria de filmes de cheerleader dos anos 90 em forma de pirâmide, quase sempre cheia de bailarinos (que erma muitos! Cerca de 100!) e de uma banda populosa que lembra também aquelas colegiais, de fanfarra. Todos inteiramente sincronizados em todos os momentos. A equipe estava afiada, muito bem ensaiada e visualmente perfeita.
Nitidamente, Beyoncé estava ansiosa para voltar. Se já não bastasse todos os elementos negros, feministas, muitos hits, equipe em sintonia e Beyoncé mais radiante do que nunca, Michelle e Kelly subiram ao palco para performar três músicas da época do trio feminino mais popular de R&B e pop que já existiu.
Beyonc ainda é levou a irmã Solange para dançar com ela e, claro, não poderia faltar o marido, Jay-Z, para fazer o dueto de Deja Vu. Um roteiro completíssimo para quem é BeyHive.
Ufa! Estou em recuperação de todo esse momento e você?
Resumo da apoteose:
BEYONCÉ IS BACK!!!
Duda Buchmann é blogueira que gosta de falar do mundo feminino, principalmente da mulher negra, e de inspirações que elevem a autoestima delas. Escreve semanalmente em revistadonna.com.
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