Uma pesquisa sobre propósito no trabalho feito pelo professor William Damon, da Universidade de Stanford, concluiu que 80% das pessoas ou não têm nenhuma paixão ou focam em mais de uma. Ou seja, a maioria não sabe exatamente o que fazer em suas vidas profissionais. A saída? Entender o incômodo de ainda não ter se encontrado como um impulso e partir para experimentação.
Ao experimentar aumentam as chances de entendermos o que a gente gosta, tolera ou não faria nem que nos pagassem muito dinheiro. Quando a gente ainda não sabe o que fazer, o mais fácil é analisar demais as situações e deixar de agir, mas o importante é justamente fazer coisas diferentes e prestar atenção nelas.
Algumas paixões mudam de tempos em tempos, coisas que nos empolgavam antes hoje talvez não produzam as mesmas sensações. Dar o primeiro passo significa se envolver em projetos novos, fazer parte de novas comunidades, se engajar com ideias que produzam o mínimo de sentido. Nessas experiências certamente vai encontrar pequenas pistas do que te dá ou não prazer.
A falta de propósito na carreira leva muita gente a se sentir triste, desmotivado, irritado com o próprio trabalho. A presença constante de alguns desses sintomas pode caracterizar depressão, justamente a principal causa de afastamento do trabalho em 2017, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. O fato é que achar um sentido para o trabalho não é tarefa simples, mesmo. Por isso tem tantos autores ao redor do mundo se dedicando a estudar o tema.
Minha sugestão: vá se descobrindo aos poucos. Experimente, interaja com as pessoas, insira-se em ambientes dinâmicos e se coloque a mercê de novas oportunidades. Trabalhe nos talentos que vai encontrando em si e entenda que tudo é um processo. Quem sabe nessa busca por um sentido você encontra uma paixão e passa a fazer parte daquele grupo dos 20% que sabem exatamente o que gostam de fazer e ainda tem as habilidades para isso. Experimente!
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