Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de cabeça para baixo. Essa frase é de um ditado popular e chama atenção para o quanto ficamos parecidos com quem convivemos. Você já parou para observar quem são essas pessoas para você? Vale a pena pensar sobre isso. E por quê? Porque nossos relacionamentos afetam nossa percepção de mundo, nossas condutas e a trajetória de carreira, também.
Estudos revelam que somos a média das cinco pessoas com que mais convivemos. Esse é um ponto importante já que nossas conexões sociais afetam nossas conexões neurais, ou seja, você tende a pensar e agir parecido com aqueles com quem mais passa seu tempo. A parte ruim dessa história é se você está andando com grupos que não gostaria de ficar igual ou que não representam suas aspirações, ambições ou exemplos. A parte boa é que você pode escolher com quem quer se parecer e fazer novas conexões a todo o momento.
Até porque "bom relacionamento interpessoal" é o segundo item entre os atributos mais valorizados para descrever profissionais de alto desempenho (logo depois de "alto potencial de desenvolvimento") de acordo com uma pesquisa da empresa de consultoria e recrutamento Robert Half feita com mais de 100 diretores de Recursos Humanos.
Parte dos relacionamentos de qualidade são construídos também quando nossa convivência se dá com grupo de pessoas otimistas, bem intencionadas e que gastam pouco do seu tempo com fofocas. Além disso, líderes inspiradores costumam aconselhar que prestemos atenção às personalidades que são referências para nós, que andemos com gente que admiramos, que tenhamos modelos.
Seja na carreira ou na vida pessoal, escolha admirar alguém, observe o que ele faz. A partir daí pode seguir avançando rumo ao que deseja ser, mas repetindo acertos daqueles que admira e lidando do seu jeito com o que não gostava tanto nele.
Imite os bons e observe com quem está passando mais tempo. Essa pode ser uma resposta importante para entender o que está acontecendo atualmente no seu momento profissional. Não significa responsabilizar os outros, mas entender que você é também fruto do ambiente que frequenta e das pessoas que mais convive.
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