Acredito em Astrologia e no poder que os planetas exercem na nossa vida. Faço mapa astral desde os tempos de colégio e, inclusive, foi o primeiro deles, há 28 anos, que me impediu de prestar vestibular para ser dentista. A Sociedade Brasileira de Odontologia agradece, reconheço.
PELO MENOS ELA TEM NOÇÃO
Tenho o hábito de fazer mapa astral dois meses antes do meu aniversário a fim de ficar por dentro do que os astros me reservam para o ano que se inicia (no meu entendimento, meu ano novo começa sempre na data do meu nascimento e não na virada de 31 de dezembro). Se somos únicos e chegamos sozinhos a este mundo em dia e horário específicos, nada mais evidente do que celebrar, traçar planos e metas no nosso Réveillon particular, vai dizer?
FAZ SENTIDO, MARIANA
O mapa astral de uma pessoa mostra a posição dos astros e dos signos do zodíaco em relação à Terra no exato momento do seu nascimento (daí a importância de ter registrado também o local e horário de chegada a este mundo). De acordo com a astrologia, a posição dos astros no instante em que nascemos influencia diretamente nossa maneira de ser. Trata-se de um verdadeiro mergulho na nossa personalidade e uma análise profunda de como agimos e pensamos. Ainda não fez?
Recomendo!
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A cada novo mapa, além das previsões para aquele próximo ano, sempre descubro coisas incríveis a meu respeito, identifico outras tantas características escondidas, compreendo melhor a maneira de me expressar, lidar com emoções, amar, me relacionar, aprender com defeitos e explorar o que tenho de melhor. Além da Astrologia Ocidental, mais difundida, existe também a Astrologia Védica – da qual
sou adepta há seis anos. Sua origem é indiana e ela reconhece mais dois planetas além dos nove tradicionais: Rahu (cabeça de dragão) e Ketu (cauda de dragão). Não me obrigue você a descrever o que é passar períodos sob a regência de Rahu e Ketu.
SÃO PERÍODOS INESQUECÍVEIS
Corria o ano de 2010, eu carregava um peso absurdo sobre os ombros, um desânimo descomunal, uma sensação de vazio e apatia, nada funcionava direito, portas não se abriam, a vida profissional não avançava... Então, fui apresentada a um astrólogo védico. “Está tudo explicado”, ele me disse, apontando para o mapa à minha frente, com o Rahu sobrevoando minha cabeça.
E AGORA, FAÇO O QUÊ?
Não há o que fazer a não ser praticar mais a meditação, manter a mente quieta, a espinha ereta, o coração tranquilo e esperar o período passar. Dois meses atrás, fui acometida por sensação semelhante. A diferença é que me vi em momentos de absoluto refúgio e reflexão, me sentindo quase um ermitão. Conclusão ao ler o mapa? Ketu apareceu para me fazer companhia.
SÓ VAI EMBORA EM JULHO DE 2018
Rahu e Ketu fazem aflorar nossos anjos e demônios, os anseios e medos que precisamos trabalhar para avançar e encontrar a paz mental. Estão ligados a karmas que trouxemos de vidas anteriores (sim, eu sou adepta do Espiritismo) e têm o poder de conduzir o indivíduo para o fundo do poço ao mesmo tempo em que apresentam-se como notáveis orientadores na definição do nosso destino. Resumindo: trazem sofrimento, sim. Mas também um aprendizado imensurável sobre quem somos, o que queremos e como devemos conduzir nossos conflitos, equilibrando o racional e o emocional.
AINDA BEM QUE NASCI CACHORRO
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