A locomotiva fashion nos leva à Itália, precisamente a Milão, onde ocorreu a semana de moda masculina. Eu parti de férias e meus olhos ficam divididos entre lá e cá, no meu, no seu, no nosso Brasil brasileiro. O verão “aquece” esses trópicos e rolam de montão os tecidos leves e os cortes bem curtos, comme d’habitude. Ainda que no Leblon e em Jurerê Internacional o high continue high, mas isso são outros quinhentos.
O outono/inverno 2016/17 apresenta ares artísticos que dá gosto de ver. Eis que a moda, assim como a arte, é muitas vezes válvula de escape para um série de assuntos mundanos que dão certo desgosto, como a política.
Na passarela da Prada surgiram estampas de natureza morta, uma nova interpretação das famosas telas do século 18 do pintor francês Chardin, que influenciou Cézanne e Picasso, entre outros. Agora foi a vez de Miuccia apostar nestes desenhos em peças brancas. Podem até não virar hit entre as bloggers mais novas, mas vão direto para o closet daqueles que colecionam muito mais que it bags.
A Salvatore Ferragamo também chama atenção pelo clássico que poderia ser sisudo, mas aparece com espirros de tintas e estampas discretas, proporcional ao uso de cores na Europa. Na Missoni, os tons quentes com aplicações estilo cigano dividem os flashes com os ziguezagues. Também deu o que falar: o desfile luxo e maximalista de Roberto Cavalli com clima anos 70 para os garotos de hoje. Voglio tutto bene!
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