:: Celia Ribeiro: Crianças verdadeiras com muita graça O simples combinar de dois guardanapos de cores diferentes que se harmonizam pode resultar em belo efeito numa mesa jovial
Da sua experiência como dono de um restaurante na Ponte Vecchio, em Florença, Leonardo da Vinci, assistindo aos clientes enxugarem os lábios com a ponta da toalha da mesa, resolveu ter pequenas toalhas individuais para cada um. Pelo menos é o que diz a História dos Costumes, considerando o guardanapo uma transição das grosseiras maneiras medievais para o humanismo da Renascença, que pregou a pessoa humana como indivíduo e centro dos interesses da civilização.
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O uso constante do guardanapo à mesa, em plena refeição, sempre depois de comer uma porção de alimento e antes de beber tanto um copo d'água quanto um cálice de vinho, é sinal básico de boa educação. Por quê? Porque se pode manchar a borda do copo com a gordura do alimento que ficou nos lábios. Este detalhe da etiqueta à mesa é fácil de ensinar a uma criança esperta, lá pelos três anos de idade, porque ela consegue ver a mancha de alimento na borda do seu copo.
Uma pessoa elegante sabe que não se esfrega um guardanapo, tanto descartável quanto de tecido, nos lábios, ainda mais mulher que está de batom. Ele é só pressionado nos lábios. Houve um tempo ainda recente em que as noivas levavam em seu enxoval um pequeno guardanapo de tecido vermelho para as mulheres maquiadas usarem-no, como um "forrinho" do grande. Hoje, se faz isso com um guardanapo descartável.
O guardanapo de tecido de qualidade e bom acabamento confere status a uma mesa de refeições, sendo um dos investimentos dos restaurantes de categoria. Guardanapo sai caro: além do investimento, há sua limpeza. Além dele, é indiscutível a necessidade dos descartáveis em suas múltiplas funções. Uma delas é ser usado como apoio, em lugar de um pratinho, para finger foods - canapés e salgadinhos que se comem com a mão.
Novidades de Rui
O estilista Rui Spohr está fazendo uma série de lançamentos, desde cinco de outubro. Na Livraria Cultura, ele lançou a caixinha de luxo com seus croquis para colorir em 20 lâminas, que4 pode ser adquirida na própria Cultura e no Ateliê Rui.
Na loja Pandorga do Instituto Ling, Rui apresentou lenços quadrados, com 1m40cm de largura, em musselina estampada com croquis de seus modelos (abaixo), fazendo parte da Coleção Cápsula. Os lenços podem ser transformados em cachecol, canga, sobressaia, top e turbante.
Dia 24, um sábado, Rui estará novamente no Instituto Ling para a palestra "De Paris para Porto Alegre" e um bate-papo informal com o público.