O olhar para o passado é fonte de inspiração para as grifes mais importantes e desejadas do mundo e que se apresentaram há poucos dias em Milão.
Para o outono/inverno 2015/16, há uma sensação de nostalgia e aquela miscelânea maximalista bem característica das italianas. As mulheres de lá possuem um senso quase natural na hora de misturar estampas e peças. Trabalhando na sobreposição de cores, vestimentas e propostas, elas redefinem silhuetas e surpreendem com resultados extravagantes. Um exemplo é a composição de looks criados com diferentes materiais. Em destaque, o patchwork de jaqcquard em tons terrosos, iluminados com o brilho de lamê e lurex em vestidos e casacos inspirados em tapetes, almofadas e interiores da Etro, tudo com cheiro anos 70. Quem também investiu nesse mix foi Alberta Ferretti, que apresentou brocados e veludos pesados balanceados com sedas e transparências.
A Prada novamente brincou com o velho e o novo numa coleção repleta de mixórdia. Cores fortes x tons pastel. Sapatos delicados contrapostos com luvas de couro. Estampas que confundem, bordados e broches acrílicos bem cool fazem parte do saladão de desejos de qualquer fashionista. Quem também soltou a mão foi Tomas Maier, da Bottega Veneta. Na passarela, menos sobriedade e mais cores e sensualidade. Dois pontos-chave para as coleções da Just Cavalli que são sempre carregadas com o fator sexy e o espírito jovem flamboyant. A segunda marca de Roberto Cavalli afirma novamente o setentismo como década-motor.
Ciao (olá): para a primeira coleção de sapatos da mezzo brasileira mezzo italiana Paula Cademartori (acima) e para Alessandro Michele, novo diretor criativo da Gucci (abaixo) que botou na passarela uma moda com perfume vintage na tendência unissex.
Arrivederci (tchau): para Peter Dundas, que deixa o seu posto de head designer da Emilio Pucci (acima). Pra lembrar da seu última collezione: os vestidos cósmicos com os símbolos dos signos. Astral para cima!