Chanel com flores e barriga à mostra. Fotos: Divulgação Palavras bordadas na Valentino
Paris inteira parou novamente. Depois do episódio do ataque aos jornalistas da Charlie Hebdo, a couture week colocou novamente a Cidade Luz e as renomadas maisons em spot mundial. Os códigos da alta moda foram apresentados e bordados, sedas e silhuetas femininas rolaram de montão. Clássicas nas estações primavera/verão, as flores encheram as passarelas de maneiras variadas, reafirmando o sentido da couture.
Na Chanel, o Grand Palais virou uma estufa com flores em movimento tanto nas peças (destaque para as barrigas à mostra!) como no próprio décor. A coleção foi colorida e fun, mostrando que Karl continua apostando no divertido e se inspirando em garotas jovens e cheias de atitude como Cara Delevingne.
Na Christian Dior, as flores também aparecem com muita expertise. Mistura é a palavra-chave para Raf Simons. Ele sempre aposta em referências cruzadas e parece colocar várias influências num liquidificador. São muitos ingredientes misturados e o resultado que tem tudo para dar errado é o oposto. Tudo orna. Até bordados podres de chique com capas de plástico e botas cano alto meio vinil. Meio antigo, meio hoje, meio amanhã. Os bordados e as aplicações em tule e organza são comuns e as flores são criadas em vestidos dramáticos. Giambatista Valli e Elie Saab são mestres em criar vestidos volumosos e esvoaçantes que fazem qualquer mulher virar uma cinderela contemporânea.
A dupla Viktor & Rolf sempre surpreende com ideias e propostas que dão insight para pensamentos. Por falar em pensamentos e em outras maneiras de apresentar o amor e a inspiração: Valentino e os vestidos com palavras bordadas (tendência!) e Ralph & Russo com o desfile chamado O Despertar da Flora. Em destaque - o vestido em camadas, tipo uma rosa. Só que azul.