grandes variações: preto ou
marrom, com largura entre 2 e 3
centímetros, de fi
Sobe e desce. Vai e volta. Em algum momento na história do vestuário o cinto era usado apenas para ajustar calças. Penso na era Eduardiana, que durou entre os anos 1900 e 1909, na Inglaterra, e na Belle Époque que por mais tempo fervilhou Paris e toda a Europa. Nessa época o corpo das mulheres eram redesenhados por corseletes e cintas que deixavam qualquer lady com cinturinha fina. O tempo foi passando e os modismos também. Pulando vários períodos e falando de hoje percebo que o acessório aparece novamente fazendo a diferença, mesmo quando não é utilizado por sua função técnica.
O nó é o truque das meninas
Tenho notado garotas jovens abusando do uso de cintos masculinos. Desta vez não existem grandes variações: preto ou marrom, com largura entre 2 e 3 centímetros, de fivela quadrada ou retangular. O máximo a ser feito no styling é dar um nó para arrematar o look. Esse toque masculino faz declaração sutil – e até inconsciente – do tão falado poder das mulheres que ficou ainda mais em voga depois do desfile-manifesto da Chanel.
Nas passarelas, uma versão mais high
Durante as semanas de moda, vários estilistas apostaram na cintura marcada com cintos, mas a novidade é o acessório numa versão mais high! O cinto foi para cima da cintura e traz algo contemporâneo e nada óbvio para looks femininos e sexies. Novo conceito em peça trivial. Rochas apresentou um romantismo cool nas passarelas com vestidos transparentes, bem menininha e para quebrar a caretisse colocou um cinto de pegada esporte na altura dos seios. Na Alexander McQueen, o acessório aparece quase que em forma de armadura, sugerindo o paradoxo soft X hard, normalmente presente nas coleções da marca. A Céline também fez algo similar usando uma faixa presa a um botão que de forma bem simples rompeu o decote V. Será que o que rolou nas passarelas vai ganhar as ruas?
Cinto-armadura de Alexander McQueen