Durante a Revolução Francesa, muitos pensadores da época, como Voltaire e Rousseau, frequentavam o restaurante Le Procope, fundado em Paris em 1686, na rua da l´Anciênne Academie, em pleno Quartier Latin. O Procope se tornou um restaurante histórico, mantido até hoje com a mesma decoração. Quando lá estive, despertaram minha atenção os cartões-postais com fotos da fachada e de recantos de seu interior.
Até aí nada especial, afinal é um recanto histórico com uma boa cozinha que lhe confere categoria quatro estrelas. Especiais são os postais com fotos de sua fachada e interiores e o serviço de colocar no correio os cartões que os clientes escrevem para endereços nos quatro cantos do mundo. Há outros restaurantes hoje que seguem este exemplo também como forma de divulgação.
Claiton Franzen, do café Dometila, na Praça Mauricio Cardoso, impressionado com a perda do hábito de se escrever cartas e cartões-postais, em função da internet, pediu aos artistas plásticos Paulo Thomé e Myrian Dutra que fizessem uma série de obras para estampar nos cartões o seu próprio café e postá-los numa agência próxima. Uma forma também de seguir comemorando os 12 anos do Dometila.
Correspondência adequada ao tipo de relação
Na correspondência em papel ou virtual, usamos o mesmo tratamento empregado pessoalmente. Ao ler uma carta ou um e-mail, deve-se sentir a presença de quem os enviou. Por isso, os jovens, ao escrever para um destinatário mais velho, mantêm o estilo descontraído, sem cair na gíria, dando o tratamento adequado, especialmente no começo da mensagem: Sr. Fulano / Dona Fulana.
Cuidados com a legibilidade da assinatura
É comum receber cartões de felicitações com assinaturas ilegíveis, verdadeiras rubricas, só cabíveis em cartões com o nome impresso por extenso. Em livros de presença, as assinaturas devem identificar a pessoa ao invés de permanecerem indecifráveis. Há empresas que mandam cartões de boas-festas com dezena de rubricas de funcionários, quando o correto seriam as assinaturas daqueles que mantiveram contato com o destinatário.
Segredo do bom café
O cafezinho depois da refeição é invenção brasileira, sustenta Claudio Fornari. Na loja Cafezinho, no shopping Iguatemi, pode-se observar a sofisticação no preparo do café, com os filtros de porcelana onde se coloca o coador de papel. Para se usufruir de toda a potencialidade do café, os grãos são moídos na hora, sempre com água filtrada ou mineral. Após a primeira fervura, a chaleira é retirada do fogo e, enquanto baixa um pouco de temperatura, o coador de papel é umedecido. A água quente deve ser vertida em fio no centro do pó, na proporção de 1/2 xícara (100ml) de água e 2 colheres de sobremesa rasas (17g) de café moído.
Um charme é servir cafezinho já preparado numa bandeja em que as xícaras estão em volta do moedor doméstico (foto abaixo) que evoca as prósperas e aristocráticas fazendas dos chamados Barões do Café, em Vassouras, no Vale do Parnaíba, a partir do final do século 18.
:: Etiqueta na prática
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E-mails multiplicam felicitações
"Fico surpreendido como têm se multiplicado os cumprimentos pela data do meu aniversário. Se antes atendia 20 telefonemas, agora recebi mais de 100 e-mails. Diante disso, qual o critério para fazer os agradecimentos?" ROBERTO
Dessa correspondência virtual desconte as mensagens de fornecedores e políticos, pois candidatos e lojas possuem suas assessorias com mailing à disposição de clientes e eventuais eleitores para fazerem-se lembrar. Responda só a parentes e amigos em novo e-mail ou, havendo intimidade, no próprio que foi enviado. O que se evita é agradecer com uma mesma mensagem para uma série de endereços relacionados no e-mail.
Descartável dentro do guardanapo
"Sempre ouvi dizer que não se usa guardanapo descartável em mesa bem posta. Pois agora estão surgindo descartáveis dentro do guardanapo de tecido. Como é que a gente procede?" CARMEN
Foi a dificuldade de eliminar as manchas de batom no tecido que provocou o surgimento de um guardanapinho de tecido vermelho dentro do maior para o uso feminino na mesa. Pouco a pouco, foi substituído pelos descartáveis. Abre-se o guardanapo de tecido e coloca-se no colo com o descartável por cima. Este é usado sozinho sobre os lábios ou com o de tecido como um forro. Em refeições de cerimônia não se usa o descartável.