Enquanto alguns aproveitam o fim de ano para ficar em casa e se reunir com a família, outros usam esse tempo para viajar e passear. Nesse leque de opções, os animais de estimação também devem ser considerados e, para isso, Viviane Tamos, médica veterinária da Petlove, traz algumas dicas para passar o tempo festivo com seu pet.
1. De olho na casa cheia
As festas de fim de ano são marcadas pelos encontros e pela casa cheia. É importante se ater ao comportamento do seu pet em relação às visitas. Se é um animal mais tímido, retraído, pode ser interessante avisar aos convidados de que precisam respeitar os limites do animal ou mesmo levar a reunião para outro local.
— Uma boa dica para esses casos é tentar tornar agradável a experiência de humanos e pets com a inclusão de estímulos com petiscos, sachês, presentinhos para o bicho — sugere Viviane.
2. Nada de ceia para o pet
Natal e Ano-Novo são períodos de fraternidade, união e comidas gostosas. Mas, para os mascotes, não importa se o prato apresentado tem uva-passa ou não. Se os alimentos não são apropriados aos animais, eles não devem ter acesso.
— É válido ter atenção ao entorno das mesas, se há farelos ou restos de produtos que os pets não devem comer, de forma que o animal não tenha riscos de uma intoxicação. O mesmo vale para os enfeites de Natal: é preciso estar atento para que o pet não ingira confundindo com algum alimento ou mesmo brincando — reforça a veterinária.
3. Atenção às altas temperaturas
A hidratação é aliada para manter o bem-estar do mascote no verão. A veterinária explica que pedras de gelo deixam a água mais gelada e podem proporcionar maior refrescância. Além disso, fontes que mantêm a água corrente podem levar os animais de estimação a manterem a frequência de hidratação.
Para os animais que vão acompanhar os tutores nas praias, a recomendação é que os passeios sempre tenham hidratação e só aconteçam antes de 10h e depois das 16h, já que o sol de verão pode causar queimaduras, insolação e problemas de pele, como o câncer.
É importante redobrar a atenção com o pet, visto que há muito mais estímulos no ambiente praiano. Além disso, a recomendação da profissional é evitar levar o animal ao litoral durante as datas festivas, quando há acúmulo de pessoas e, não raro, fogos de artifício. Por fim, Viviane explica que é essencial que o animal esteja com as vacinas e o vermífugo em dia, a partir de uma consulta e orientações de um veterinário.
4. Cuidado com os fogos
Fogos de artifício com estampido, apesar de proibidos em muitas regiões do Brasil, ainda são bastante utilizados. Os rojões causam poluição sonora e são maléficos, especialmente aos bebês e aos pets.
Os peludos podem apresentar comportamentos adversos com o alto estresse. Segundo uma pesquisa realizada pela Petlove, as principais reações dos animais são: buscar esconderijo, desorientação, tremedeiras, tentativas de fugas e, ainda, procurar o colo dos tutores.
— Para evitar o desconforto do pet, é válido munir-se dos brinquedos e petiscos favoritos. Fechar as janelas e portas pode evitar que o pet fuja, além de abafar o ruído provocado pelos fogos. É essencial entender o momento do pet, sem brigar ou forçar algum tipo de comportamento. Dessa forma, o animal pode se sentir mais seguro e menos estressado — ressalta Viviane.
5. Planejamento de viagens
Se o animal de estimação não tem muita experiência com viagens, não foi acostumado desde filhote e apresenta muito estresse durante o transporte, pode-se considerar a alternativa de deixá-lo hospedado com algum cuidador ou contratar um pet sitter para ir até a casa do tutor, atendendo às necessidades do animal.
— Se for levar o pet junto com você, é importante pensar na estadia. Procure por acomodações pet–friendly e, ainda que o animal esteja acostumado a viagens longas, é importante se atentar à temperatura do carro, fazer paradas para um xixi e sempre hidratá-lo. Se for uma viagem de carro, ônibus ou avião, longa ou curta, procure saber se existem regras de transporte — explica a veterinária.
Por fim, a especialista orienta que é importante buscar veterinários nos locais de destino como prevenção.