A Victoria's Secret no Reino Unido solicitou proteção contra seus credores nesta sexta-feira (5), colocando mais de 800 empregos em risco. De acordo com informações do site Business Insider, o pedido é uma consequência da crise causada pela pandemia de coronavírus e pode resultar na venda do negócio.
O diretor executivo da Victoria's Secret, Stuart Burgdoerfer, disse em comunicado que indicou a empresa Deloitte para trabalhar com a filial britânica em um acordo administrativo "leve", no qual eles "procurarão reestruturar os termos de arrendamento do Reino Unido e explorar opções para uma venda dessa parte da empresa, ou outras alternativas".
A grife tem cerca de 800 funcionários no Reino Unido, onde opera 25 lojas com as marcas Victoria's Secret e Pink, que estão fechadas há semanas em função do distanciamento social. O comércio online das lojas continua, e a solicitação o exclui.
Um porta-voz da empresa afirmou que a maioria dos empregados foi dispensada e que não houve demissões imediatas. Dados financeiros mais recentes indicam que a empresa teve um prejuízo operacional de 170 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 1 bilhão) no ano, até fevereiro de 2019, de acordo com o índice Down Jones.
Rob Harding, administrador conjunto da Deloitte, afirmou que "esse é mais um exemplo do impacto que a pandemia da covid-19 está causando em todo o setor de varejo". O pedido de proteção contra credores não afeta as operações fora do Reino Unido.
Os problemas da marca, no entanto, vão além da pandemia. A loja de lingerie tem visto suas vendas caírem ano após ano, e perde clientes à medida que avança o empoderamento das mulheres.