Você colocou brincos na sua filha ainda bebê? Ou achou melhor deixá-la tomar a decisão de furar as orelhas quando crescesse? Convidamos duas leitoras com opiniões diferentes sobre o tema para compartilhar suas experiências na seção Donna das Minhas Escolhas. Elas são mães de meninas e contam por que fizeram suas escolhas sem se importar com julgamentos alheios.
Confira:
“Não cedi à pressão e não me arrependo”
A Lívia nasceu, e o bombardeio começou: fui questionada inúmeras vezes por alguns familiares sobre quando iria colocar brincos na minha filha. Já nos primeiros dias de vida a questão surgiu, e eu, que nunca tinha pensado a fundo sobre esse tema, precisei refletir e tomar uma decisão sob pressão.
Não queria fazer algo só porque era costume, e cheguei à conclusão de que o melhor seria ensinar para a Lívia desde cedo que ela deve decidir sobre o seu próprio corpo. Por isso, escolhi não furar as orelhas da minha filha sem o seu consentimento. Óbvio que ainda decido muitas coisas por ela porque é necessário, já que a Lívia tem três anos. Só que, com relação ao brinco, é uma opção puramente estética, cultural e que não tem volta.
Pode doer, infeccionar, há chances de não ser uma experiência tranquila. Para mim, por exemplo, não foi. Tive as orelhas furadas ainda bebê e, mesmo assim, enfrentei problemas de inflamação na região. Sofri bastante, apesar de amar brincos e usá-los até hoje.
Sou muito julgada porque não estou ensinando minha filha a “ser feminina”. As pessoas diziam que ela poderia ser confundida com um menino e que isso era um problema. Não encaro assim. Na minha opinião, apenas não estou impondo um padrão.
Sou muito julgada porque não estou ensinando minha filha a “ser feminina”. Não encaro assim. Na minha opinião, apenas não estou impondo um padrão.
NATHALIA GRÜN
mãe da Lívia
A Lívia é muito vaidosa, fica curiosa com os meus acessórios, já usou até adesivo para simular brinco no Carnaval, como fantasia. Quando ela crescer e quiser furar as orelhas, entendendo prós e contras, quais os riscos, eu estarei lá para apoiar e respeitar a decisão dela. Não julgo quem opta por colocar brincos nas filhas ainda bebês, os pais são livres para escolher o caminho que acham melhor. Eu decidi não colocar, não cedi à pressão e não me arrependo.
Nathalia Grün, 36 anos, fotógrafa e social media, de Porto Alegre. Mãe da Lívia, de três anos
Donna das Minhas Escolhas: o outro lado
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